Simplesmente... ginjinha

Comecei a gostar realmente de ginjinha há uns três anos, quando provei uma que a minha mãe tinha feito. Por qualquer razão, as de compra nunca tinham despertado em mim especial interesse. Mas aquela ginjiinha fez toda a diferença. No ano seguinte, os pais do André trouxeram-me umas ginjas da casa dos nossos amigos e alguma aguardente e eu experimentei a receita do meu fiel livro, que nunca me falha...


Assim, em dois mil e nove, fiz apenas dois frascos. Seis meses depois, experimentámos a dita cuja e, se a ideia era deixá-la envelhecer um pouco, tal foi impossível: não estando tão boa quanto a da minha mãe, o Sr. Pantagruel tinha feito uma vez mais um bom trabalho. 

Foi assim com grande excitação que no ano passado recebi nova leva de ginjas, mas às vezes os produtos biológicos trazem-nos surpresas e a ginjinha que fiz foi a última morada de uns hóspedes indesejados. Fiquei infelicíssima e tivemos que passar o ano todo sem outra ginjinha à maneira.

Este ano decidi que teria mesmo que fazê-la. Já andava a planear ir neste fim-de-semana ao mercado para tentar a minha sorte quando a mãe do André me fez uma enorme surpresa na sexta-feira. Tinham ido à Sobreira e trouxeram-nos uma caixa de ginjas lindas, vermelhinhas e brilhantes. Então hoje pus mãos à obra.


Há uma linha ténue entre a culinária e a ciência, sobretudo no que à doçaria respeita. Como tal, peguei na receita de há dois anos e, como tinha bastante mais matéria-prima que na experiência original, fiz sete frascos, com diferentes quantidades de açúcar (açúcares, porque usei do amarelo e do branco) e de aguardente, estando tudo devidamente anotado e identificado. 


Dentro de um ano, antes de fazer a ginjinha de dois mil e doze, vou experimentar as sete versões e ver qual a melhor, que será a receita a replicar e a base de novas experiências. Aliás, acho que vou fazer uma prova aberta aos meus amigos que gostem de ginjinha. Há voluntários? 

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