Levantando o véu...

Há uns tempos referi aqui que ando a fazer umas experiências nas varandas cá de casa. Após dois anos a usar ervas aromáticas colhidas no momento, coroadas com uma plantação bem sucedida de rúcula no início da primavera, resolvi este ano ir um pouco mais longe. Quão longe? Ora vejam...  


Quando fui no outro dia ao horto comprar terra, estavam a vender rebentos de tomateiro (tomate-chucha, o meu favorito) aos quais não consegui resistir. Mesmo ao lado, estavam rebentos de courgetes. Demorei uns dias até ter tempo para os plantar num vaso decente e quando os plantei, já estavam com um aspecto moribundo. No meu desconhecimento da coisa, pus tudo no mesmo vaso, rebentos de tomate e rebentos de courgete ao molho. Os tomateiros começaram a crescer a um ritmo alucinante e as courgetes, coitadas, não passavam de uma ou duas folhas com mau aspecto. Tal como me acontece com tudo na vida, se um assunto despertar o meu interesse, fico com uma sede insaciável de conhecimento sobre o dito cujo. Então comecei a pesquisar, a ler uns livros e a ficar realmente entusiasmada com esta experiência. É a minha veia de investigadora a funcionar...

Dei então às courgetes uma casa mais espaçosa e apropriada e, no espaço de uma (!) semana, cresceu desmesuradamente. Agora já tem flores-macho e flores-fêmea, já com o projecto de courgete à espera de ser polenizado. Quanto aos tomateiros, em duas semanas cresceram tanto que têm agora um metro e vinte de altura e uns vinte frutos a crescer e a amadurecer lentamente.


Com estes resultados, voltei ao horto e resolvi comprar sementes para fazer outras experiências. Aqui, temos rabanetes e nabos. Os rabanetes crescem muito depressa e dentro de uma semana ou duas já devem poder ser colhidos. Os nabos demorarão um pouco mais, talvez um mês.


Como o espaço não abunda, resolvi comprar um sistema de horta vertical, que permite empilhar até nove vasos, com três entradas cada. Comprei apenas três para experimentar, onde tenho oito morangueiros plantados. Estão a dar morangos  pequeninos, muito doces. Para já só dá dois ou três de cada vez e é a Catarina que se tem deliciado com eles. Segundo li, só no segundo ano terei uma boa colheita, mas para já vai dando para a piada...


Comprei também estas malaguetas e, ao lado, semeei uns pimentos, que estão a demorar um pouco a despontar. Não sei se irão germinar. Veremos...


Resolvi tentar uma vez mais ter manjericão, que é uma das plantas que nunca consegui manter com bons resultados. Depois das duas semanas iniciais, parece que se adaptou. Talvez seja desta... 



Para terminar, mostro-vos como o tomilho e a hortelã estão bonitos.


Confesso que me tem dado um gozo tremendo chegar a casa e vir espreitar a minha "horta", regá-la, colher os seus frutos. A Catarina ajuda-me com bastante entusiasmo e é tempo de qualidade que passamos juntas. Não tenho objectivos específicos para esta experiência, apenas apreciar o processo, aprender com ele, enfrentar os desafios do "biológico" e, porque não, comer legumes acabadinhos de colher, mesmo que não dêem para mais do que uma ou duas refeições.

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