Monte de Santa Trega ou o encanto das citânias

No cimo daquele pequeno monte que se vê da praia de Moledo está um castro onde, dizem as placas informativas, viveram no século primeiro antes de Cristo mais de três mil pessoas. É assim a Citânia de Santa Trega, com o seu emaranhado de casas minúsculas com um único quarto, duas delas reconstruídas para nos dar ideia do modo de vida daquelas gentes.


Mãe, estas pessoas já morreram? Porque é que as casas eram tão pequenas? Não entrava a chuva por estes telhados? Porquê? As casas só tinham uma janela? Porquê? Eles subiam isto tudo a pé? Porquê? Porquê? Porquê?


Digamos que, para ela, ver uma citânia foi uma revelação absoluta. Aliás, todas as férias o foram, com tantos sítios novos e diferentes para explorar. E, é claro, um sem número de muros para subir e descer, ruas labirínticas para percorrer e, melhor ainda, uma "caminhada" feita com sucesso e pouco cansaço, para mais tarde contar às amigas. 


A caminhada não foi mais do que subir uma espécie de via sacra em miniatura e uma escadaria com uns duzentos degraus para ir ver as vistas no cimo do monte. E que vistas, sobre o Rio Minho, sobre o mar e sobre terras portuguesas e espanholas.


Será um passeio a repetir, de preferência num dia mais soalheiro...


Seguimos viagem para norte, tomando a estrada costeira até Baiona. Não consegui resistir à paisagem do Cabo Silleiro, entre o Atlântico e a Ria de Vigo, com o novo farol em cima e o antigo em baixo. Simplesmente maravilhoso...


Fazia-se tarde. Com uma criança, há mais horários a respeitar, para além dos intermináveis já chegámos? que, afinal, são naturais após tantas horas de viagem. Assim, seguimos pelas desinteressantes autopistas e autovias, directamente até a O Grove, que foi a nossa base para a Galiza durante dois dias.

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