O sofisticado não tem que ser complicado

A maioria dos nossos jantares durante a semana são coisas simples, daquelas que se fazem em trinta minutos (de preferência com o mínimo de intervenção possível) e que não têm grande ciência ou então alguns pratos que eu faço em maior quantidade e que congelo para as refeições semanais, sendo que depois basta aquecer e fazer um acompanhamento. Chegar a casa depois das sete, ter uma criança de cinco anos a precisar de banho e de brincar e fazer um jantar complicado não são propriamente coisas compatíveis... a menos que se consiga inovar sem complicar. 

Esta primeira semana pós-férias tem sido um pouco preenchida, com um trabalho para entregar no emprego, com o início das aulas e tudo o que isso implica (reuniões, compra de material, actividades no primeiro dia), com o difícil regresso à  rotina e à necessidade de nos despacharmos depressa de manhã e com o trânsito característico da primeira semana do ano lectivo. Tenho almoçado na secretária quase todos os dias e estava mesmo a precisar de um jantar diferente...

Mas basta de queixumes, voltemos ao tema do primeiro parágrafo, bem mais interessante do que as dificuldades da vida: um jantar sofisticado que não é complicado... o que será? 

É preciso: uma cataplana e meia dúzia de ingredientes. Ao contrário do que muitos pensam, cozinhar na cataplana é das coisas mais fáceis do mundo. É só pôr os ingredientes lá dentro, fechar e deixar cozinhar em lume brando. Se não acreditam, experimentem...  


As combinações são quase infinitas. Desta vez, cobri o fundo de azeite, fiz uma cama de cebola às rodelas, juntei filetes (de peixe-galo, mas funciona com quaisquer outros, ou com postas de peixe) temperados com sal e sumo de lima e deixei cozinhar. Nada mais.


Entretanto, fiz um risoto de lima para acompanhar. A técnica básica do risoto é a que descrevi aqui, mas juntei no final sumo e raspa de lima e queijo ralado (faltando parmesão, usei um queijo alentejano muito seco que tinha em casa). Como os sabores são muito fortes, optei por não juntar manteiga no final e acho que não fez lá falta.


Apesar de a fotografia não lhe estar a fazer justiça, o resultado final foi este. Estava óptimo, é bonito e demorou trinta e cinco minutos a fazer. Recomendo, mesmo depois de um dia de trabalho!


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