Trinta e Nove



Hoje completo trinta e nove anos. Já é qualquer coisa, afinal amanhã começa o meu quadragésimo ano de vida. Após um ano duríssimo a vários níveis, que começou aliás com o único aniversário que me deixou realmente deprimida, sinto-me cheia de esperança para este novo ano. E, sobretudo, de planos.

Este foi um mês em que me dispus à introspeção e em que resolvi fazer um balanço. Pensei naquilo que planeava fazer quando a cabeça ainda estava cheia de sonhos. No que queria alcançar e, sobretudo, na pessoa que esperava ser perto dos quarenta. Alcancei muito e, obviamente, orgulho-me disso. Mas tive, como todos temos, que fazer escolhas, grandes escolhas. E foram invariavelmente escolhas que implicaram desviar-me dos meus planos dos vintes e de alguns dos meus sonhos. Chama-se vida! Percebi bem cedo que tudo o que viesse a conseguir implicaria trabalho e esforço e aceitei-o com naturalidade. Abracei essa realidade como hoje voltaria a abraçar nas mesmas circunstâncias e sem arrependimentos, portanto.  

Contudo, tenho trinta e nove e conto viver até aos noventa. Desviei-me do caminho que tracei há quinze anos, mas na realidade ainda tenho mais de cinquenta anos para o retomar. E é, precisamente, a minha decisão para este novo ano: voltar a encontrar o trilho, munida agora de armas que antes não eram mais do que ideias. E, mais do que encontrar o trilho, refazer algumas das coisas que fui perdendo com as minhas escolhas. E, desta vez, apreciar a viagem!

Bem, a conversa vai bonita e inspiradora, mas se há coisa que eu aprendi nestes anos é que não há nada mais motivador do que pôr os planos e os sonhos por escrito. É como uma espécie de contrato. Por isso, a minha introspeção resultou numa lista de quarenta coisas que quero fazer antes de completar quarenta anos. Umas são pequenas coisas que deixei de fazer com o passar do tempo, ou que fui fazendo sem suficiente compromisso. Outras são tarefas que quero riscar definitivamente da lista os próximos trezentos e sessenta e cinco dias. Algumas são mudanças de hábitos. Trinta e cinco, talvez, destinam-se a motivar-me, a levar-me ao estado mental e físico em que tenho que estar para levar a cabo as restantes cinco ou seis. Essas sim, são o real deal

E será assim que amanhã, quando acordar, darei início ao meu quadragésimo ano de vida. Com uma lista de planos e sonhos para pôr em prática e um cheirinho a vida nova!     

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